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Inteligência Artificial Generativa na função financeira e fiscal

A Inteligência Artificial Generativa é o novo requisito da transformação da função financeira e fiscal. A sua adoção é hoje um imperativo.

A função financeira e fiscal é um pilar fundamental para as organizações, contudo e apesar do crescente uso de tecnologia, ainda se encontra um hiato significativo face a outras funções corporativas.

Um estudo recente da EY (EY Global DNA CFO de junho 2023) mostra que talvez estejamos num momento de inflexão dado que as organizações revelam que a sua principal prioridade para os próximos 3 anos ao nível da função financeira e fiscal é a transformação tecnológica. A motivação principal advém do uso de Inteligência Artificial Generativa.

A Inteligência Artificial Generativa tem o potencial de alterar o paradigma do modelo operativo da função financeira e fiscal. Até agora, e nos casos de uso de inteligência artificial, esta servia de suporte instrumental a um dado sistema existente, usava modelos de dados iminente numéricos, e o principal objetivo era mimicar a atividade humana, principalmente em tarefas repetitivas e operacionais, de forma a potenciar produtividade. Exemplo disto são as aplicações de Machine Learning e mesmo robótica sobre sistemas corporativos existentes (p.ex. software de contabilidade). Contudo, hoje e nos próximos anos espera-se que a inteligência artificial generativa possa ser usada em praticamente todos os sistemas, utilize dados de vários contextos (combinando fontes internas e externas), crie dados e analíticas novas (numéricas, mas também de texto, imagem ou vídeo) tendo subjacente grandes modelos de linguagem (LLM) entre outras técnicas.

Face a este potencial, 70% das organizações reconhecem urgente atuarem já (de acordo com o último relatório EY CEO Outlook Pulse, de outubro de 2023), existindo, contudo, ainda alguma incerteza e duvida quanto ao como desenvolver e implementar.

Neste sentido é fundamental começar por definir uma estratégia de Inteligência Artificial Generativa. Esta pode ser iniciada com identificação de possíveis casos de uso (que sejam aplicáveis à realidade existente na organização) de forma a validar os mesmos através de uma fase de teste ou piloto, possibilitando apurar quais, podem e devem evoluir para uma fase de industrialização, ou seja, aplicáveis de forma corrente.

Esta validação de casos de uso através de teste ou piloto vai requerer investimento, não só em termos de tecnologia, mas também de dedicação das equipas atuais. É um pré-requisito as equipas serem formada para utilizar a tecnologia, mas também é fundamental fazerem experimentação e identificarem a melhor forma de interpelar os dados nos modelos de Inteligência Artificial Generativa, através por exemplo de formulação de questões (“prompts”) para obterem a resposta ou output desejado.

Outro fator chave, que é critico é a qualidade e classificação de dados, ou seja, para a adoção de Inteligência Artificial Generativa, esta tem que utilizar dados existentes nos sistemas e bases de dados da organização, mas estes têm que existir e estar devidamente acessíveis e classificados. Desta forma deve ser equacionado pilotos e testes em áreas onde isto for uma realidade, sob a pena de se enviesar a análise, com base em outros fatores que não o uso da nova tecnologia. Este é um dos temas mais críticos e sensíveis na função financeira e fiscal, dado que a obtenção e estruturação de dados foi sempre a atividade que mais esforço aportou às equipas destas áreas.

O futuro da função financeira está interligado com a integração de tecnologia Inteligência Artificial Generativa. Garantir uma estratégia e programa de adoção é critico para a competitividade da organização, que pode potenciar poupança de tempos e custos e capacitar oportunidades de crescimento.

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