A externalização da função fiscal é cada vez mais uma tendência nas empresas pelas vantagens que a mesma aporta. Se no passado essa externalização era considerada um mero custo de acesso a conhecimento especializado, hoje são diversas as vantagens que podemos enumerar, que vão desde a otimização de processos à redução de custos.
Entre as diversas vantagens, podemos salientar as seguintes:
Conhecimento especializado: A externalização da função fiscal permite o acesso a um nível de expertise que seria consideravelmente mais dispendioso se mantido internamente pois a constante evolução do sistema tributário exige um investimento da empresa em pessoal qualificado numa área que não é core.
Economia de escala: Ao externalizar, as Empresas podem obter as vantagens das economias de escala que um prestador de serviços dedicado tem acesso conseguindo assim reduzir os seus custos de acesso a diversos recursos tecnológicos.
Redução de riscos: Considerando que o compliance fiscal é efetuado por especialistas, desde logo garantem maior segurança na exatidão da informação que é reportada, eliminado o risco associado ao incumprimento/inexatidão das suas obrigações, evitando eventuais coimas que podem ser significativas.
Otimização de processos: com o envolvimento de um consultor externo, também os próprios processos internos são melhorados visto também esta ser uma área de apoio dos prestadores.
Planeamento fiscal: Face à constante atualização das regras e benefícios fiscais aplicáveis ao tecido empresarial, é fundamental a agilidade face às alterações que apenas pessoas dedicadas a estes temas conseguem garantir, o que se traduz num aproveitamento tempestivo das oportunidades e benefícios fiscais.
Foco no core-business: Quanto mais reduzidas as funções acessórias de suporte uma empresa possui, maior será o foco no seu core-business e na criação de valor para os seus clientes. Ao reduzir os custos e aumentando a eficiência com outras funções, também poderá ser canalizado mais investimento para áreas prioritárias do negócio.
No 2023 EY Tax and Finance Operations Survey, um questionário realizado a 1600 executivos de 32 jurisdições e 18 indústrias, 96% admitiu estar a alterar as funções fiscais realocando recursos para funções estratégicas para que os seus colaboradores dediquem mais tempo a tarefas de maior valor acrescentado para a empresa. A percentagem de executivos que considera mais provável optar pelo co-sourcing que o contrário, ascende a 95% o que demonstra o caminho esperado no futuro para esta função. .
Podemos assim concluir que a externalização da função fiscal pode ser um grande passo estratégico e competitivo por permitir que as empresas se concentrem naquilo que é a sua atuação principal, pois conseguem, simultaneamente, garantir a sua especialização na área fiscal, que se traduz nas vantagens acima referidas, enquanto reduzem os custos associados a essa função financiando de forma, direta e/ou indireta o seu core business.
