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Não deixe para amanhã o metaverso de hoje

Estamos perante uma nova época tecnológica que já está a desencadear uma imensidade de operações com consequências, designadamente, ao nível fiscal.

O metaverso, apesar de parecer ficção científica para os mais céticos, está a evoluir a um ritmo notável, com um crescente número de utilizadores e de experiências. Estamos perante uma nova época tecnológica que já está a desencadear uma imensidade de operações com consequências, designadamente, ao nível fiscal.

Nesta nova realidade, onde o mundo físico e o mundo virtual se integram, será possível ter experiências imersivas e multissensoriais, onde os indivíduos se podem juntar para socializar, jogar, trabalhar e comercializar bens e serviços (virtuais e não virtuais), utilizando tecnologias como realidade aumentada, realidade virtual, inteligência artificial e vários dispositivos tecnológicos (como por exemplo óculos inteligentes).

A adoção de uma infraestrutura para os utilizadores criarem e gerirem os seus bens digitais, incluindo no próprio metaverso está concentrada na Web3, a terceira geração da internet (a primeira foi a world-wide-web, e a segunda, a Web2.0, que veio permitir a interação social de utilizadores através das redes sociais). A Web3 representa a próxima geração da internet, descentralizada, gerida de forma autónoma por meio de inteligência artificial (AI) usando blockchain e permitindo um desenvolvimento acelerado de criptomoedas e NFTs (Non-Fungible Tokens).

O metaverso está a reescrever as regras da economia de consumo, ao fundir jogos (onde o metaverso teve a sua origem), social media e eventos ao vivo, numa nova forma de interatividade, que mistura o mundo físico e o digital. Estima-se que dentro de poucos anos, todos utilizem o metaverso de alguma forma, quer seja para assistir a um concerto, ser atendido numa consulta médica ou participar numa outra transação comercial.

O desenvolvimento deste tipo de atividades no metaverso será comum, pelo que as organizações, indivíduos e as autoridades tributárias devem começar a compreender a mudança para a Web3 e a pensar nas implicações fiscais de viver e transacionar neste novo espaço virtual.

Conscientes de que este será um espaço transacional chave e que, pese embora muitos dos clientes atuais possam não estar ainda no metaverso, algumas multinacionais e entidades financeiras estão já a construir a sua presença no metaverso, de modo a assegurar uma base para receber clientes e funcionários no futuro.

Num estudo recente, os analistas previram que a oportunidade de mercado passaria dos atuais 350 mil milhões de dólares para 800 mil milhões de dólares até 2024, com um potencial de crescimento até 13 triliões de dólares até 2030. Espera-se, assim, que a economia do metaverso tenha uma representação significativa nos negócios do futuro e, neste cenário, novas oportunidades de receita terão implicações fiscais para todos os envolvidos, uma vez que quando se cria valor, criam-se as bases necessárias para que ocorra a tributação.

Esta pode vir a ser a próxima grande oportunidade para a fiscalidade?

Não obstante a atual complexidade fiscal, este novo mercado, sem fronteiras, irá certamente forçar os governos, autoridades tributárias e empresas a responder às principais questões fiscais da década! Como se tributam bens e serviços digitais?

O que é que as empresas devem fazer para acertar na sua estratégia fiscal?

As empresas e instituições financeiras precisam de se envolver com o negócio, compreender o metaverso e os casos de uso da Web3. Precisam de pensar nos clientes, na indústria e nos serviços, nos pagamentos e no I&D (investigação e desenvolvimento) e refletir sobre as suas propostas de valor e estratégia, sob pena de ficarem para trás.  As empresas e instituições financeiras que se envolverem cedo com as suas equipas fiscais e financeiras, terão maior probabilidade de evitar surpresas e armadilhas, adaptando os seus modelos operacionais à nova realidade e saindo, assim, vencedoras neste processo.

Assim, com os desafios fiscais significativos provenientes do metaverso e da sua tecnologia subjacente, Web3, surge também a oportunidade, derivado do seu potencial, de disponibilizar novas ferramentas que facilitem a cobrança do imposto certo no momento certo e de uma forma muito mais eficiente e rentável para todas as partes envolvidas operarem.

 

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