Skip to main content

Adaptação tempestiva, meio caminho para o sucesso!

Tal como abordei no início deste ano, as empresas têm sido confrontadas no dia a dia com diversos desafios, em virtude de alterações legislativas, disrupção tecnológica e escassez de talento.

Para facilitar a análise das tendências atuais e futuras, a EY realizou um estudo a nível global “Realizing the value of your Tax and Finance function”, que abrangeu cerca de 1.650 líderes da área financeira e fiscal em mais de 40 países.

Constatou-se que a maioria das organizações (84%) planeia transformar as suas funções financeiras e fiscais nos próximos dois anos, estimuladas pela necessidade de enfrentar os desafios críticos relacionados com o talento, regulamentação e tecnologia, muitas vezes com restrições orçamentais.

Destas entidades, cerca de 56% pretendem utilizar o co-sourcing, através de um único parceiro que tenha capacidade comprovada em termos de tecnologia, tratamento de informação, e de entrega dos serviços de uma forma standardizada, na medida do possível, enquanto aproximadamente 35% pretende aumentar a automatização dos seus processos internos.

Os líderes financeiros e fiscais têm-se deparado com várias questões, das quais se destacam: (i) como é que atraímos o melhor talento, garantimos que atingem todo o seu potencial, melhorando a sua carreira e mantemo-lo durante o tempo necessário por forma a que contribuam com valor de longo prazo para a organização? Como é que uma empresa pode ser bem sucedida em países onde as leis fiscais parecem mudar diariamente? Como é que se implementa e desenvolve um plano tecnológico face a mudanças constantes?

As empresas têm de encontrar respostas para estas perguntas, se pretenderem criar valor, gerir riscos e reduzir custos. À medida que a função fiscal e financeira se transforma, é necessário entender, por exemplo, a importância que os dados financeiros e fiscais têm se facultarem informação tempestiva e correta para uma melhor tomada de decisões.

As questões relacionadas com o talento são um dos principais impulsionadores da tendência de transformação e apresentam dois desafios distintos, mas relacionados, para os departamentos financeiros e fiscais. Em primeiro lugar, a resposta “trabalhar de qualquer lugar” em resultado da pandemia do COVID-19, que agora está enraizada em muitos setores e apresenta novas considerações para as empresas, incluindo as relacionadas com o local onde estão a operar. Para 55% dos entrevistados, novas obrigações fiscais e relatórios adicionais terão de ser preparados e entregues nos próximos anos, devido a uma força de trabalho mais dispersa geograficamente, o que aumenta a complexidade das suas obrigações fiscais.

O segundo desafio que as empresas enfrentam está relacionado com a escassez de profissionais da área financeira e fiscal devidamente qualificados. Noventa e cinco por cento dos inquiridos ​​apontam a existência de lacunas de habilitações na função financeira e fiscal, e entendem que estes profissionais têm de atualizar as suas competências relacionadas com tratamento de dados, processos e tecnologia nos próximos dois anos, se quiserem acompanhar o ritmo da disrupção que está a acontecer.

Tal como em outros setores de atividade em que há escassez de recursos humanos, os profissionais da área financeira e fiscal com as competências adequadas aos desafios atuais são escassos.

Em muitos casos é aconselhável trabalhar com um parceiro especializado, que tem realizado investimentos avultados no desenvolvimento dos seus profissionais, e que também tem conhecimento especializado em alavancar a informação financeira e fiscal disponível, não só para cumprir com as suas obrigações, mas também para melhorar a performance da empresa.

As empresas estão claramente sob pressão para fazer mais com menos, com 87% das empresas a planear reduzir os custos das suas funções fiscais e financeiras nos próximos dois anos. No entanto, a maioria ainda pretende investir, com 70% a mencionar que pretende gastar 1,8 milhões de Euros ou mais em tecnologia financeira e fiscal nos próximos três anos.

Finalmente, a função financeira e fiscal está sob crescente pressão para desempenhar um papel relevante em apoiar as suas organizações a atingir os objetivos ambientais, sociais e de governação (ESG). Quase metade (46%) dos entrevistados referiu que os riscos ambientais e climáticos são as questões ESG mais importantes que a sua organização enfrentará nos próximos dois anos, e quase todos (94%) dizem que estão a externalizar as atividades relacionadas com a preparação de relatórios ESG ou a considerar fazê-lo.

A função financeira e fiscal está a evoluir constantemente como um motor estratégico na tomada de decisão dos negócios desenvolvidos pelas empresas. As organizações que começaram a transformar as suas funções fiscais e financeiras estão a colher frutos neste ambiente económico, político e legislativo sem precedentes. São claros os benefícios de modernizar a sua função financeira e fiscal para gerar valor, gerir riscos e reduzir custos, enquanto se verificam pressões crescentes ao nível do talento e tecnologia, e por isso não deixe para amanhã o que pode começar a fazer hoje.

Se tem interesse em receber comunicação da EY Portugal (Convites, Newsletters, Estudos, etc), por favor

clique aqui